Monday, June 11, 2012

Uau! É tão interessante olhar para trás e recordar as experiências de au pair. Quantos novos balanços não foram feitos e refeitos desde então.

E o fim.... ah, o fim.... hehehe

Um dia voltarei aqui para registrar a visão de quem olha agora tudo isto depois de ter vivido tuso isto, depois de ter vivido outras coisa além e de quem amadureceu a cada dia um pouco mais com tantas experiências.

Até um dia..... ;)

Wednesday, January 7, 2009

Tenho algo de extrema inspiração para dizer a todos: deu no saco!

Wednesday, November 12, 2008

Arriba arriba





Este post sai bem atrasado mas nunca é tarde para a inspiração.
México! Uma oportunidade incrível de viajar para lá não aparece sempre. Fui com a minha host family o que tem suas vantagens e desvantagens, mas pondo na balança com certeza vale a pena.
Várias coisas lá me lembraram do Brasil. Para começar, na casa em que ficamos não tem triturador no ralo da pia, não tem uma lava-louça e não tem um aspirador. Só aí já deu para sacar que não estava mais nos EUA. Ainda assim tem uma secadora de roupas, que é um dos grandes marketings do condomínio: "O único com máquina de lavar e secar!!".
E eles têm Ades! E também tem suco Dell Valle!!! E o pote de iogurte é igual os nossos e tem corante da cor da fruta como no Brasil... O Doritos sabor Nachos tem realmente gosto de nachos mexicanos, o que não me agrada, além de ser picante.
O tempo era quente e húmido. Tive uma ligeira rinite do meu terceiro dia por aqui. Já não lembrava mais o que era isto também. A casa cheirava como casa de praia no Brasil, que quando você chega tem que abrir tudo para sair aquele cheiro meio de mofo. Na Califórnia não vivo isto, não... Nem em cidade praianas... Aliás, eu vivo muito próximo à praia com minha host family e eu sinto o ar normal. Nada de maresia ou humidade excessiva. Acho qbom que seja assim. Posso afirmar que o ar e até bem mais seco do que era em São Carlos, interior de SP.Você mal precisa fechar os pacotes de bolacha porque não murcha. Já no México... vixe... igual Brasil.
Os mexicanos são safados como os brasileiros, mexem com as mulheres na rua e você consegue descontos nas coisas ou até coisas de graça só porque o vendedor está dando em cima. A moeda é o Peso sendo que atualmente 100 pesos é equivalente a uns 12 dólares. Aqui nesta região o turismo é tanto que tem um muquifo de câmbio (lê-se casa de câmbio) em cada bloco e você pode também pagar com dólares normalmente em qualquer loja.
Continuo não gostando muito da comida mexicana. Com exceção do que não é muito tradicional. Algumas coisas até como, mas no geral não me agrada tanto o tempero da comida mexicana.
Eu comi CHURROS!!!! Lembra-se dos churros do Chaves? Para minha surpresa, eles são iguais aos do Brasil, mas são bem mais fininhos e não tem aqueles recheios. Apenas rolam no açúcar. Como se não bastasse também tomei refresco de tamarindo! Chaves again!
México é barulhento e especialmente musical. Mariachis por todos os lados tocam o cantam para agregar um dinheirinho no sustento da família. Vê-se gente carregando instrumentos nas ruas com muita frequência. Qnd visitei a ilha de Cozumel no mar do Caribe, bem próximo de onde fiquei, tinha música ao vivo na balsa. Quem disse que eu resisti? Dei uma palhinha na balsa cantando "Garota de Ipanema".. haha
Em um dos dias aconteceu uma situação bem desagradável. O primeiro desentendimento explícito entre eu e minha family. Meu host father foi bastante desagradável comigo, me falou coisas sem sentido e me deixou muito mal. Tentei me defender, inclusive tive repertório na língua para dizer tudo o que queria, mas na hora pensei 30 vezes antes de falar certas coisas ponderando se valia a pena dizê-las, afinal não sabia das consequências. Em bem resumo, o que aconteceu foi o seguinte: entrou-se em horário de inverno no México e eu soube disto pela manhã quando saí de casa e minha hostfamily não sabia. Cheguei em casa 15 min antes do horário de trabalho, porém no horário ajustado (até quis chegar antes mas tive problema na balsa e não consegui). Porém, eles que desconheciam a mudança de horário, pensavam que era uma hora mais tarde, neste caso eu estaria atrasada e ao chegar eles já estavam doidos comigo. Meus hostfather foi muito "hard on me", ainda mais poque nunca atrasei sequer 1 minuto, não merecia isto. Especialmente porque quem estava certa era eu, afinal eles quem estavam desinformados. Percebendo que estava errado, ele não soube me pedir desculpas com as palavras ditas, mas resolveu me dar um dia livre e me pagou um tour muito interessante pela região. Não acredito que esta seja a melhor maneira de se pedir desculpas, mas eu entendo como sendo a maneira que ele sabe fazer.
O tour levou o dia inteiro. Fiz rapel, kayak, tirolesa, comi comida feita por descendentes maias (deliciosa!!), visitei uma ruína maia chamada Cobá e nadei num cenote (tipo de uma lagoa subterrânea dentro de uma caverna com água cristalina.) Lindo demais!
A água do mar é azul mto claro! E a areia é mto branca, acho que por isto que o mar fica tão cristalino.
Diverti-me absurdamente falando espanhol por 15 dias. Como americano tem mta dificuldade para falar espanhol e aqui tem mto americano, qnd eu converso com os nativos em espanhol eles não resistem em elogiar meu portunhol. Não encontrei nenhum brasileiro. Na verdade um, que nasceu no Rio e mudou criança para o México portanto fala português com sotaque espanhol. Fica engraçado. Nunca tinha ouvido. Como aqui não tem mto brasileiro, sim mto italiano, as pessoas chutavam pelo meu sotaque que minha origem era italiana. Em partes não estavam errados pelos meus orgulháveis sobrenomes Gennari e Piacente. Afinal eu consigo falar "Gracias" tremendo a língua ao dizer o R, e não jogando no céu da boca como fazem os americanos. E falando em italiano tem sido o máximo encontrar uns por aí e arriscar um italianol ou talvez portuliano. Deu-me mais água na boca para aprender mais italiano.
Passamos 12 dias em Playa del Carmen e 2 em Cancún. Ambas praias são perfeitas. Falando de vizinhança, astral, energia do povo, Playa é melhor. Vê-se vendedores nas ruas, tendas na praia, ambulantes. Classifico Cancún como um resort americano de luxo. Vc não sente que está no México de verdade, entretanto, falando de mar... Nossa... Não tenho palavras. Que sensação mais m-a-g-n-í-f-i-c-a banhar-se no mar de Cancún. A água é s-u-r-r-e-a-l. A sensação foi de que tinha alcançado o paraíso após a morte, ou de que estava num mar totalmente construído artificialmente. A energia, amplitude e magnitude do mar, unida à clareza das águas de uma piscina. Muito transparente, muito azul, muito morno, muito agradável, muito... Foi simplesmente uma sensação indescritível. Foram meus melhores minutos da viagem. Senti-me em êxtase.
Foi uma viagem que indubitavelmente ficará na memória para sempre por diversos motivos.

Sunday, November 9, 2008

8 de novembro de 2008





O dia 8 de novembro de 2008 foi um dia cedo, escuro, húmido, esperançoso, saudoso, claustrofóbico, líquido, salgado, nublado. Solidão, família, saudade, caminhada, folhas vermelhas, capuz verde, chuva, chocolate quente, saudade outra vez, dúvida.

A tarde de 8 de novembro de 2008 foi solidária, barata, colorida. Ansiedade, medo, amiga, fuga, loja, meia-calça, carona, nuvens, expectativa.

A noite de 8 de novembro de 2008 foi aliviante, doce, achocolatada, à luz de de velas. Criança, bife, cartão, bolo de aniversário, abraços, chuva, mais alívio, ansiedade.

A madrugada de 8 de novembro de 2008 foi solidária novamemente, amiga, populosa, musical. Reencontro, dança, música chata, ansiedade, agradecimento, decepção, mensagem, pessoas, pessoas, pessoas, cupcake com chiclete, sono profundo, sonho.

E então fiquei mais velha.

Saturday, October 18, 2008

7o mês






Nem posso acreditar que estamos em outubro... Mais próximo ao fim do que de seu começo. Ontem completaram 7 meses que eu cheguei aos Estados Unidos. É tudo tão louco... Mais um pouco de US e será a hora e reencarar o Brasil e tudo por lá. Confesso que estou com medo. É sempre um grande choque em todos os sentidos para todas que voltam...
Minha vida aqui tem sido mais estável. Dias de semana trabalhando apenas basicamente e de fim de semana fazendo passeios pela região de Marin e em San Francisco. Nada mal.
No mês passado tomei aulas de canto básico numa High School aqui perto. Foi uma época que eu não estava emocionalmente bem e decidi que deveria investir em algo que eu gostasse para tomar meu tempo, entreter um pouco. Foi bem produtivo. Aprendi uns exercícios de aquecimento vocal e respiração que valeram a pena. Lamento que tenha sido tão rápido.
Também na mesmo linha de raciocínio de tomar meu tempo com coisas que eu gosto resolvi comprar um violão. Nem sei como consegui passar tanto tempo sem um. Comprei o mais barato que encontrei, mas tem me servido como fosse o melhor dos violões. No começo sofria de dor para tocar, tinha perdido todos meus calos nos dedos... Que doloroso para refazê-los! Mas agora está tudo aqui de volta! Eu garanto! Passar mais tempo sozinha em casa é um tanto mais fácil agora.
Semana passada finalmente eu tirei minha carteira de motorista da Califórnia. Depois de sofrer tanto nas mãos do instrutor da cidade de Corte Madera, optei por tirar em Novato, norte daqui, e com a mudança as coisas foram muito melhores. Estava um pouco nervosa, mas o instrutor foi muito simpático e colaborou muito para que eu ficasse tranquila. No fim disse a ele que o outro tinha sido muito "filha da puta" comigo (em outras palavras, lógico), e ele me disse: "Eu sei de quem vc está falando." Ou seja, o cara já tem mesmo aquela fama de mau! Fico aliviada de certo modo ao perceber que há chances de não ser eu uma "braço duro".. rss
Mês passado eu estive em San Diego com minha host family por uma semana. Foi bom e ruim por vários motivos. Bom viajar de graça, horário de trabalho light, livre durante o dia, porém ninguém para sair junto, não ter como ir aos lugares. De qualquer maneira, acho que a viagem aconteceu numa época em que na verdade o que eu estava precisando era mesmo ficar um pouco sozinha e ficar um pouco longe de San Francisco.
O mais engraçado é que foi a primeira vez em tanto tempo que eu dividi a casa com minha hostfamily durante dias normais. Pela primeira vez conheci vários dos hábitos deles que, morando separado, eu nunca veria. Por exemplo meu host lendo o jornal pela manhã ou minhas crianças vindo me dar bom dia quando eu abria a porta do quarto pela manhã. Foi bem gostoso esta parte. Saber a que horas eles acordam pela manhã e a que horas se deitam, o que fazem a noite e o que comem na janta. Tive prazer em participar deste dia-a-dia da família. É menos solitário.
Morar separado tem muitas vantagens (como poder tocar meu violão em qualquer hora que eu queira), não prestar contas de meus horários de entrada e saída da casa, mas há também várias desvantagens. Acho que se eu estivesse morando com a família desde o começo eu certamente iria reclamar de muita coisa, como acordar cedo com o barulho das crianças, por outro lado eu acho que eu me sentiria bem mais acolhida aqui na terra do tio Sam e muita coisa teria sido diferente para mim. Se eu me sentisse realmente mais parte da minha família acredito que meus sentimentos estariam mais preenchidos de alguma forma e não me sentiria tão sozinha em certos momentos.
Semana que vem estou indo para o México com minha family, então acredito que o próximo post será bem interessante! :)

Até breve!

Friday, September 5, 2008

Brasil x EUA: Cap 3 - Communication

Americanos e brasileiros têm, cada um, uma forma muito peculiar de se comunicar. Até me acostumar com este fato eu tinha a sensação de que a comunicação entre americanos é insuficiente.
O brasileiro para comunicar usa menos das palavras e mais do corpo, do olhar, do sorriso. Percebi que temos uma forma muito mais subjetiva de se entender. Muitas vezes a gente nem se importa muito com o que fala.
Já os americanos dão muito valor às palavras. Para eles o que é falado está escrito e não há necessidade de linguagens subliminares para confirmação da sentença.
Se um brasileiro diz: "Eu gosto de você" não necessariamente ele terá créditos se ele não fizer aquele olhar de "gosto de você" e também acompanhado daquele sorriso de "gosto de você". Mas se um americano diz "I like you", pode crer que ele gosta. As palavras têm mais peso para eles.
É engraçado como em nossa cultura e nossa língua podemos dizer a alguém: "Carrega esta mala para mim?" e ser ainda assim ser extremamente educado se acompanhar de um sorriso doce e um olhar que confirme. Aqui nos EUA, dizer imperativamente como brasileiros o fazem: "Carry this bag for me", seria extremamente rude! E se vc fizer isto sorrindo ainda é capaz que passe por sarcástico. As palavras deles são levadas tão mais ao pé da letra que se vc não diz "please" e "thank you" no começo e no fim de quase tudo passa por não muito educado. Vc também pode lançar mão de usar "Would you mind" para variar um pouco quando pede algo a alguém. E isto é para qualquer coisa, como pedir para algúem para acender uma luz que está ao alcance do braço, por exemplo.
Brasileiro é mais meloso. Vc já reparou quanto tempo a gente demora para se despedir de alguém? Nós temos que ensaiar para começar o ritual do tchau. Às vezes começa com um "Bom, ...", aí vc fala que tem que ir, explica por que está indo, fala quando vai voltar, convida a pessoa para fazer algo qualquer dia destes (que quase nunca se concretiza), mais um pouco de conversa no meio do ritual, até que surge um outro "Bom..." ou um "Então tá..." ou ainda um "Fica combinado assim, então". Então vem uma sessão de beijos e abraços. Aí vai embora, finalmente! Mas se der chance continua acenando até chegar na esquina. (PS: Para encurtar o ritual vc tem que dar uma desculpa de que tem algo à sua espera, o que, de qualquer forma, não garante um resumo da ópera do adeus).
Com um americano vc tem que tomar cuidado para ele não sumir enquanto vc coça o ouvido! Eles dizem "Ok. Bye!", dão as costas e vão embora. Se, quando muito, eles querem te dar alguma satisfação antes de vazar eles dizem algo que equilave a uma de nossas etapas do adeus, o "Tenho que ir", tradução de "Gotta run", que em nossa novela diária do tchau equivaleria ao primeiro capítulo.
Diferença ainda mais notável é em uma conversa ao telefone. Como brasileiro gosta de mandar beijo! "Ta bom! Beijo! Tchau!". Que final mais previsível!
Ô, povo mais beijoqueiro! E como um não basta, em várias ocasiões, quando pessoalmente, a gente dá dois, três... (senão não casa!).
Quando vim para cá, lembro ter achado o jeito americano de falar muito grosseiro, muito frio, muito objetivo. Para nós brasileiros, realmente seria se traduzíssemos as frases ao pé da letra. Seria um tanto formal, pouco carinhoso.
No Brasil, vc vai numa loja e a vendedora que nunca viu antes pode te chamar de "meu amor", "querida"... O que não existe aqui. Não consigo nem imaginar. Mesmo amigos não têm muito o hábitos de ficar neste mel uns com os outros... Vai ver é por isto que brasileiro é um povo doce.
Bom, gente....
Tenho que ir agora...
É.... Daqui a pouco começo a trabalhar e eu num posso atrasar porque aqui os horários são rigorosos...
Sabe como é, né....
Mas eu não demoro para postar de novo, não. Pode deixar!
Então tá!
Abraço para vocês!
Ah! Deixa um recadinho para mim, viu!
Um beijo!
Tchau!
Fui!
....................
Ah! Espero que tenham gostado do post!!!
Ta bom agora é sério!
Tchau!!
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Manda beijo para todo mundo aí!

Thursday, August 21, 2008

The waiting room, Hawaii...



A poesia da minha vida está sempre fluindo. Sou eterna e constantemente feliz. Eu não tenho problemas, não os possuo... Deparo com pequenos contratempos em processo de dissolução. Esta é a minha maneira de encarar.
Cá estou eu confirmando e celebrando a minha independência dependente. Sempre tive pés que andassem por mim e agora, longe, sinto a necessidade de alguém que ande por mim. Procuro sempre calçados que me protejam dos calos da vida. Sapatos como pantufas de veludo que sejam tão confortáveis que eu possa me acomodar... e ser levada... aí está a minha dependência.
Partindo do pressuposto de que a felicidade é conseqüência de acontecimentos, por que é tão difícil direcioná-los uma vez que conhecemos o que nos faz potencialmente felizes ou tristes, ainda que seja algo que esteja em unicamente em nossas mãos?
Isto é culpa da emoção irracionalmente e emocionalmente irracional. E a vida nos tapeia, nos engana, nos ensina por mais que não desejemos aprender... A vida é uma sala de espera..."...for people just waiting.

Waiting for a train to go
or a bus to come, or a plane to go
or the mail to come, or the rain to go
or the phone to ring, or the snow to snow
or waiting around for a Yes or a No
or waiting for their hair to grow.
Everyone is just waiting.

Waiting for the fish to bite
or waiting for wind to fly a kite
or waiting around for Friday night
or waiting, perhaps, for their Uncle Jake
or a pot to boil, or a Better Break
or a sting of pearls, or a pair of pants
or a wig with curls, or Another Chance.
Everyone is just waiting." (trecho em inglês de Dr. Seuss)

Hawaii é um paraíso... e San Francisco é uma sala de espera....